Quando a loucura invade a mente, nada mais resta senão sorrir e redescobrir a realidade. Estão aí, os gigantes de moinhos de vento. Mas não há como descobrir sem os enfrentar.
As pernas erram os passos, então costuro caminhos com retalhos e saudade, numa colcha mal-feita.
E o cavalo é manco, o escudeiro se foi. Dulcinéia de nada desconfia, a armadura é a saudade cerzida em retalhos (da qual me referi). A lança é a caneta; eu perdi as palavras. Viseira do capacete baixa, sequer consigo enxergar.
Não importa, porém, que se vença. Porque só ligo para o ideal, entre o sonho e a alucinação. É lutar contra os gigantes, pelo prazer da convicção e a energia viva. Pouco importa, porque no final (afinal) eram moinhos, e só. Mas valeu o riso, o esforço, a pena e a intenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário