domingo, 31 de julho de 2011

Mais uma noite

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"Mais uma noite, mais um sonho.

Mais uma noite sonhando com você.

E acho que já basta de palavras, porque

Não há nada para se escrever que eu já não tenha escrito, e nem olhares que não tenhamos trocado.

As noites prosseguem, e lá vai minha imaginação.

Então me vêm à mente seus braços, em volta de mim.

Sonho com você – e ainda pior:

Acordo contigo. Sem sua presença"

31/07/11

sexta-feira, 29 de julho de 2011

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"Falta, sobretudo, coragem.

Coragem de soltar o que está preso na garganta, na ponta do lápis. De enterrar os mortos-vivos, que insistem em assombrar o presente. Falta a coragem de abrir a gaiola, e alçar o céu azul. Até mesmo de ser livre.

É feita de saudade a pele que visto - quanto maior a nostalgia, mais me apego às lembranças. Cadê a coragem de despi-la? De deixar ir? De te deixar para trás.

Um dia, talvez, eu consiga chegar até Oz, e receberei a coragem que já estava em mim. Então rasgarei os velhos poemas gastos de amor, revistas. Vou rasgar a mim mesma, rasgar lembranças e abrir a porta da gaiola, que é para o coração voar"

Férias

Algumas coisas que só acontecem quando você, universitário, volta para sua casa nas férias:

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1 - Miraculosamente, sua geladeira está cheia. O chão está limpo, assim como suas roupas. E o papel higiênico nunca chega ao fim.

2 - Você não fica tão preocupado em ficar doente. Seus pais agendam médico, compram remédio e tudo fica ok.
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3 - As moedas que você encontra no bolso não precisam ser necessariamente gastas com xerox ou passagens de ônibus.

4 - Seus amigos também estão de férias, e você mata a saudade deles. Fazendo as coisas mais bizarras possíveis. Do tipo, pegar quase dois quilômetros de estrada de chão no meio da madrugada, indo parar no meio do nada, no frio do cão, cheio de possíveis meliantes (tinha comida de graça).

5 - Sempre te pedem pra fazer algo relacionado ao seu curso, mesmo que você não tenha a mínima noção de como proceder.

6 - Você finalmente assiste/lê/ouve/faz/joga o que se prometeu, enquanto soterrado no meio daquele monte de trabalhos. Isto é, se a preguiça deixar.

7 - E, por fim, você quer que as férias sejam eternas, mas morre de saudades dos amigos da faculdade.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

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“A música se repete naquela caixinha, e o aperto vem junto.

E traz consigo noites mal dormidas, e frases pela metade. Carrega escuro nas lembranças de luz, e um precipício nas possibilidades.

Eu caio no precipício por ser ingênua demais para enxergar. Literalmente tragada, pela força dos sonhos e o impacto da realidade.

Talvez houvesse salvação, e quem sabe ainda há.

Ou haveria, não fosse aquele mesmo tempo, no velho lugar”

28/07/11

domingo, 17 de julho de 2011

Sobre o tempo (trecho)

"Já deviam ter se passado, sem muita dificuldade, ao menos quatro horas desde que aquela tarde se iniciara. O céu, de um azul fresco e berrante, apresentava-se sem nenhuma nuvem, trazendo apenas o Sol e uma eventual ave. Era quase como se o ambiente convidasse a se estirar em qualquer lugar, ao ar livre, apenas para sentir o toque do vento leve e de um e outro raio solar. Talvez com alguma música, ou até mesmo com o silêncio convertido em melodia. Especialmente naquele horário, quando o fraco inverno de julho (tão característico de tantos lugares do Brasil) parecia abandonar a cidade, convertendo-se em primavera. De qualquer forma, dias magníficos se estendem um após o outro, esperando pacientemente serem descobertos e gastos da melhor forma possível. É uma heresia gigantesca, ignorar o que se passa em nosso redor – sendo, contudo, o que fazemos, a cada manhã. Simplesmente nos falta tempo, e nos sobram obrigações".


Primeiro parágrafo de uma ideia nova :D

Ou talvez de uma ideia antiga que tomou nova forma...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Esclarecendo

Estou com uma impressão de que isso aqui, pra variar, não vai dar muito certo. Só que não importa muito que dê ou não - pelo menos nas férias. Em todo caso, aí vamos nós!

Diamantes são os melhores amigos de uma garota

"Ela correu para seu quarto, ainda meio trôpega. Separou rapidamente duas malas, com rodinhas e algumas bolsinhas de mão. Enfiou o maior numero de roupas, jóias e dinheiro que o tempo e o espaço lhe permitiram. Assim que estava tudo pronto, puxou cada mala em uma mão. O som das rodinhas era o único que ecoava no salão. Andava de cabeça baixa; não queria e nem tinha forças para encarar o casal. Procurou as chaves da porta na bolsa, os segundos teimavam em parecer horas.

- Para onde você vai? – Ele perguntou no tom exato: Nem indiferente demais a ponto de parecer cruel, nem preocupado demais, a ponto da garota pensar que nutria algum outro sentimento por ela. Realmente, ele sabia como se portar. Civilizado.

Alexia não respondeu. Em parte porque não queria falar com Noah tão cedo. Em parte por que ela mesma não sabia. Fechou a porta atrás de si, e doeu não ouvir nenhum passo atrás dela".

Trechinho...

"Mas a vida era boa. Existe toda uma graça em pensar que tem alguém a sua espera, alguém que é seu. Às vezes eu também esperava por ela, o que me deixava um tanto quanto inseguro. Uma queimação na barriga, uma dúvida se ela voltaria ou não. Anos depois eu daria outro significado a esse fogo que queimava sem arder, bem mais amargo, mas ainda não vem ao caso. Era bom não estar mais em alguma batalha, não sentir mais o cheiro do sangue na poeira. Claro que a guerra continuava. Os aviões sobrevoavam nossas casas, e havia sempre o receio que o pior pudesse acontecer. A Alemanha progredia, as batalhas avançavam. Eu, absolutamente longe de tudo isso, dentro do meu mundo feliz. Nem sempre é proveitoso viver na realidade, não quando se pode sonhar".